É ela que dá origem ao Sauternes, o vinho doce “dos Deuses”, como se diz na França
Semillón é a casta branca mais cultivada de Bordeaux
A pronúncia da Semillón segere que ela teria nascido na cidade de Saint-Émilion, em Bordeaux, certo?
Não exatamente. É fato que a variedade existe por lá, mas nunca foi cultivada em grande quantidade.
Até o século 18, a Sémillon só era cultivada mesmo em Sauternes, também em Bordeaux, como sugere a primeira citação sobre ela, em 1736.
Uma hipótese diz que a Sémillon vem das florestas ou ilhas do Gironde, estuário que divide a região nas famosas duas margens direita e esquerda, onde apareceu por volta do século 16.
Estudos de DNA sugerem que a Sémillon é muito próxima geneticamente da Sauvignon Blanc
E por isso sugere-se que Sémillon deriva da palavra occitana “sem”, que significa “semente”, com o sufixo-ilho, possivelmente indicando que a variedade foi obtida a partir de sementes em vez de ser derivada de videiras selvagens.
Estudos de DNA sugerem que a Sémillon é muito próxima geneticamente da Sauvignon Blanc, mas sem parentesco. Talvez daí venha sua parceria natural nos blends brancos bordaleses – combinação que vem sendo replicada em diversas partes do mundo com sucesso.
Ela é uma variedade bastante susceptível à botrytis, ou seja, ao desenvolvimento da podridão nobre, por isso é tão valorizada em Sauternes. Aliás, em Bordeaux, em geral, ela é mais cultivada do que a Sauvignon Blanc.
Bagos da Semillón atacados pelo fungo Botrytis cinerea
Fora da França, a Austrália é o país onde essa variedade mais se destacou, no entanto, é possível encontrar bons exemplares, sejam varietais ou blends, nos Estados Unidos, Chile, Argentina e África do Sul, onde ela era chamada de “Greengrape”.
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Por Revista Adega