Por Elin McCoy, da Bloomberg
Independentemente sobre qual for sua preocupação: oceanos, rinocerontes, pesquisa cardiovascular, fome, ostras, cães feridos, salmão, veganismo, projetos de arte, política, ação climática – existe um vinho para você. (E não, não apenas para esquecer seus problemas.)PUBLICIDADE
Os chamados “vinhos ativistas”, aqueles que inspiram os bebedores a votar com seus dólares, criaram um “novo roteiro para o bom vinho”, diz o sommelier Peter Weltman, da Borderless Wine. Assim como ocorre com o aumento do consumo ético, os vinhos que fazem o bem e são saborosos não são apenas uma moda passageira. Esses vinhos representam uma séria mudança no setor, que passou de nicho para mainstream nos últimos anos.
“Existem inúmeras pesquisas que mostram que as pessoas hoje querem comprar produtos produzidos de forma ética e sustentável de empresas que compartilham seus valores”, diz Rob Symington, cuja família é proprietária da empresa de vinhos Symington Family Estates, com sede em Portugal. Em 22 de julho, a empresa de vinhos de quase 140 anos alcançou o status B Corporation, juntando-se a um movimento global de empresas comprometidas com práticas sociais, ambientais e éticas de negócios.
Alguns vinhos conscientes:
2017 Indaba Chenin Blanc (US$ 10)
O importador da Cape Classics, Andre Shearer, traz vinhos sul-africanos e lançou o selo Indaba como uma forma de financiar a educação em Cape Winelands. Este vinho branco exuberante, com aroma floral, produzido pelo famoso enólogo Bruwer Raats, é um dos melhores vinhos com bom preço que conheço.
2015 Quinta do Ataide DOC Vinho Tinto Douro (US$ 25)
No ano passado, a família Symington lançou esse tinto seco com uma textura aveludada suave, feita a partir da mistura tradicional de uvas. A vinha é orgânica e as propriedades da família acabam de obter a certificação B Corp.
2016 Bosman Family Vineyards Twyfeling Cinsaut (US$ 25)
Este tinto que sacia a sede importado pela Wines For the World cheira a frutas frescas e especiarias, com sabores que combinam. A Bosman recebeu a certificação oficial de comércio justo em 2009, e os empregados detêm uma participação de 26% nas vinhas e nos negócios. É um dos maiores projetos de vinhedos da África do Sul. O dinheiro dos vinhos é depositado em um trust que apoia dezenas de projetos sociais e de capacitação.